É na escola que a criança estabelece
toda a base do seu desenvolvimento motor, intelectual e social. A aprendizagem
surge da descoberta e da curiosidade natural do indivíduo pelo mundo que o
cerca. Portanto, a criança precisa de condições para experimentar, criar, construir
e expressar-se livremente.
Ao
trabalhar com projetos em sala de aula, o professor amplia o conhecimento de suas
crianças, tendo como eixo central uma aprendizagem significativa,
possibilitando um diálogo constante entre a realidade de cada um sobre as
diversas áreas de conhecimento. Hernández e Ventura (1998) afirmam:
O
ponto de partida para a definição de um projeto de um projeto de trabalho é a
escolha do tema. Em cada nível e etapa da escolaridade, essa escolha adota
características diferentes. Os alunos partem de suas experiências anteriores,
da informação que tem sobre os projetos já realizados ou em processo de
elaboração por outras classes. Essa informação se torna pública num painel
situado na entrada da escola (com isso, as famílias também estão cientes).
Dessa forma, o tema pode pertencer ao currículo oficial, proceder de uma
experiência comum (como os acampamentos), originar-se de um fato da atualidade,
surgir um problema proposto pela professora ou emergir de uma questão que ficou
pendente em outro projeto (p. 67).
Os
projetos escolares desenvolvem no aluno um olhar critico levando-os a resolver
suas dúvidas e problemas, sejam eles de caráter social e intelectual, tornando
o aluno mobilizado para buscar recursos e aplicação de seus conhecimentos para
a solução de problemas. Permite ainda uma avaliação processual do
desenvolvimento escolar dos alunos envolvidos e da reflexão permanente sobre a
prática pedagógica, pois esta estratégia não se apoia em normas e regras
rígidas. O grupo constrói seu processo de aprendizagem a partir do momento em
que sana dificuldades e busca aprofundamentos.
O
que se percebe frente a estudos realizados por Hernández e Ventura (1998) é que
a partir da década de 1980, após um grande movimento na educação, as práticas
de pesquisas se tornaram atividades frequentemente utilizadas em sala de aula,
pois o intuito era o de provocar a aquisição de capacidades relacionadas com
emprego do conhecimento prévio dos alunos e suas experiências da vida indo além
dos limites curriculares, difundindo a interdisciplinaridade e o saber
globalizado. Portanto, a interdisciplinaridade leva a criança a usá-la sempre
que possível na resolução de problemas ou estudos de fenômenos nos quais cada
disciplina dá a sua parcela ou contribuição para o êxito do resultado. O
professor passa a ser o facilitador de novas experiências.